segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Travis, o Mago


Travisor é um Elfo do Sol, nascido no vilarejo de Sollarium, localizado a noroeste do continente. Foi criado com muito amor por sua mãe, já que o pai havia morrido em batalha antes de seu nascimento e cresceu com um ávido apetite por leitura e conhecimento, diferentemente das outras crianças. Sempre foi acompanhado de perto por Mestre Anduim, (um velho druida visto sempre com um enorme Urso Marrom), ancião da vila que não deixou de perceber o interesse cultural do garoto, e sempre que voltava de suas viagens ao continente trazia livros, pergaminhos e anotações de presente para o garoto. Tal interesse somado aos presentes de Mestre Anduim fizeram com que Travis, como era conhecido na vila, começasse a estudar cada vez mais.

Numa de suas viagens, Mestre Anduim trouxe um livro sobre Magia Arcana, que desenvolveu em Travis uma forte influência e o fez mais e mais buscar conhecimentos relacionados. Logo estava estudando com Mestre Anduim, e não demorou muito para começar a experimentar seus primeiros truques, e logo começasse seus estudos para se tornar um Mago.

O tempo passou, e Travis continuou lendo e estudando sobre tudo o que chegava aos seus ouvidos. Era discriminado pelos demais jovens, pois não possuía nenhuma aptidão para luta corporal e nem para manuseio de armas. Apesar de saudável, sua força física não era sua melhor qualidade. Foi com muito custo que aprendeu a arte da pesca, muito mais pelos conhecimentos, e passou a sustentar a sua mãe e a si mesmo.

Numa manhã enquanto pescava, recebeu um recado de Mestre Anduim para encontrá-lo. Correu em direção a Grande Árvore, onde o Mestre morava, mas não o encontrou lá. A companheira de Mestre Anduim o informou de que ele estava na colina.

Não sabendo o por quê do chamado, Travis apressou-se em se dirigir à colina. Subindo através da trilha, de repente ouviu um barulho. E logo em seguida um ser enorme e feio saltou na sua frente e num piscar de olhos já estava bem próximo. Movido pelo medo, Travis invocou palavras mágicas e como um raio disparou em direção ao topo da colina, mas logo viu que o ser era tão rápido quanto ele.

Ao chegar ao topo avistou Mestre Anduim meditando sobre uma rocha. Gritou por seu mestre, mas este estava concentrado demais para ouvi-lo. Continuou correndo, chegou até o rochedo onde Mestre Anduim estava. Parecia que seu mestre estava em transe e o barulho dos passos, nem mesmo seus gritos o despertaram. Com a impossibilidade de continuar em frente e a aproximação do monstro, Travis esgueirou-se e voltou para a entrada da trilha de onde viera. O monstro aproximou-se de mestre Anduim, que finalmente despertou. Vendo a criatura a sua frente, bradou algumas palavras, como se falasse com a criatura, mas esta não o escutou.

Não restando opção, Mestre Anduim gesticulou e invocou palavras mágicas e num piscar de olhos um enorme raio cortou os céus e acertou em cheio a criatura, tostando-a imediatamente.

Passado o susto, Travis apresentou-se a seu mestre e ficou sabendo que a criatura tratava-se de um Troll. Mestre Anduim então o contou sobre porque o chamara:

- Travis, acho que sabe que já estou com uma idade avançada e que não tenho descendentes. Por isso, venho o treinando todo este tempo para que no futuro possa herdar meu posto de Chefe da Vila. É chegada a hora de revelar coisas que nunca antes foram ditas a ti! Você deverá sair em viagem para aperfeiçoar seus talentos, conhecer novos mundos e adquirir conhecimento para que quando a hora chegar, você possa me substituir. Sei que o que te digo pode o assustar, mas você é o único em quem confio para tomar o meu lugar!

Travis não entende como pode ter sido escolhido para tal tarefa e fica um tanto quanto relutante. Não diz nada, mas seu mestre logo percebe que a dúvida paira em sua cabeça.

- Travis, vejo que a notícia o pegou de surpresa e que pensa não estar preparado, mas tem algo que devo contá-lo para que entenda a escolha que fiz. Você é meu filho!

Assustado e não acreditando no que acabara de ouvir Travis fica embasbacado:

- Seu filho? Mas meu pai morreu antes mesmo que eu nascesse. Ele foi um grande guerreiro e morreu em batalha. Minha mãe não mentiria pra mim!

- Filho, eu e sua mãe não o contamos antes, pois sabíamos que sabendo que era meu filho, você iria querer me acompanhar e os perigos e inimigos que muitas vezes enfrentei, poderiam feri-lo seriamente. Por isso, guardamos este segredo! Mas nunca estive longe... Sempre o acompanhei de perto, zelando pelo seu bem-estar!

- Mas nunca foi meu pai!!! E agora me conta isso como se fosse a coisa mais normal do mundo e ainda me pede que deixe minha terra em busca conhecimentos? Não sei se posso... Nunca deixei esta ilha...

- Pense! Mesmo que não me perdoe, ao menos assuma seu legado! Você tem até amanhã para me dar resposta.

Travis deixou o local e foi para a praia onde passou a noite a pensar em tudo que ouvira. Pela manhã procurou a mãe, contou o que soubera e a decisão que tomara. Despediu-se e rumou à praia onde seu Mestre o aguardava junto com grande parte da vila, que compareceram para se despedir.

- Tomou sua decisão meu filho? – disse seu mestre.

- Pai, não sei se terei sucesso na missão a mim imposta, mas não o desapontarei. Eu irei em busca do conhecimento necessário para tornar-me um líder digno de confiança!

E assim, Travis partiu em direção às correntes que o levariam em direção ao desconhecido...

sábado, 5 de janeiro de 2008

Bob, o Meio-Orc Bárbaro



Bob é um Bárbaro da raça Meio-orc que nasceu na Floresta do Sussurro, filho de pai Orc e mãe humana, ficou órfão de mãe logo em seu nascimento, pois ela não resistiria ao parto devido a mistura das raças. Viveu com seu pai por pouco tempo, ainda criança foi expulso de casa, pois seu pai o considerava um estorvo, uma despesa e uma responsabilidade com a qual ele não queria conviver.

Sem saber como poderia sobreviver, seguiu seu pai e descobriu como ele fazia para levar comida para dentro de casa - ele caçava. Então foi assim que Bob aprendeu a se virar. Porém a floresta não era um lugar tão seguro e o pior, sem uma casa tudo ficava mais difícil. Isso fez com que Bob, além de procurar comida, aprendesse a se manter vivo, o que lhe proporcionou na pratica um grande conhecimento em combate.

Com o tempo passando e com os perigos na floresta aumentando, Bob foi se aproximando da cidade. Mas sua ignorância e o desconhecimento de regras fizeram o jovem bárbaro entrar na cidade. Mesmo sendo um bom lutador foi preso pelos guardas da cidade e jogado numa cela, lá passou por maus momentos, onde seus dias de maior alegria eram quando a maré enchia alagando a cela e levando para dentro peixes para que Bob pudesse se alimentar de comida fresca e em fartura.

Só havia um problema maior do que ficar na cela passando fome, na cidade de Porticera ou como era conhecida, Vila do Peixe, por problemas de infra-estrutura, os presos não ficavam muito tempo, logo eles ou eram soltos ou...jogados no mar com comida para algumas horas e deixados a sua própria sorte.

Estranhamente o Chefe da guarda da cidade, Capitão James, vendo que Bob não tinha maldade em seu coração e que não era um preso problemático, decidiu não “matá-lo”, mas sim transformá-lo num escravo, para que trabalhando pudesse pagar seu sustento e moradia.

Foi então que Bob foi trabalhar na cozinha da maior taverna da cidade, a Taverna dos Aventureiros (um detalhe interessante foi que logo que chegou na taverna Bob viu presas nas paredes várias armas, já enferrujadas de tão velhas e que só depois de muito tempo que ele descobriria que eram as armas que foram usadas pelo Capitão e seus soldados para salvar a cidade de um ataque há muito tempo) porém ele não deu certo neste setor, então foi trocado para a segurança, mas também não conseguiu ficar ali por muito tempo. Sua última saída seria virar garçon, mas também não estava dando muito certo porque Bob não sabia muito bem cumprir ordens, não gostava nada de ter que trabalhar e com sua pouca inteligência não entendia porque teria que trabalhar sem receber “nada” em troca.

Quando quase tudo já estava perdido Bob se envolveu numa briga e ficou com ferimentos profundos, seus ferimentos foram curados por uma jovem que trabalhava na cozinha da taverna. Foi assim que Bob conheceu Elizangela, a cozinheira chefe, uma clériga da divindade de St. Cuthbert que se tornou sua amiga, o ensinou a ler e a escrever, seu serviço de garçon e até a rezar. Com muita paciência foi aos poucos o ajudando a se controlar, fazendo assim com que aos poucos fosse surgindo um sentimento de gratidão, carinho e amizade que ele nunca havia sentido por ninguém!